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Os 28 Artigos da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo

Art. 1º - Do Testemunho da Natureza quanto à Existência de Deus

Existe um só Deus (1), vivo e pessoal (2); suas obras no céu e na terra manifestam, não meramente que existe, mas que possui sabedoria, poder e bondade tão vastos que os homens não podem compreender (3); conforme sua soberana e livre vontade, governa todas as coisas (4).

(1) Dt.6:4; (2) Jr 10:10; (3) Sl 8:1; (4) Rm 9:15,16

 

Art. 2º - Do Testemunho da Revelação a Respeito de Deus e do Homem

Ao testemunho das suas obras Deus acrescentou informações (5) a respeito de si mesmo (6) e do que requer dos homens (7). Estas informações se acham nas Escrituras do Velho e do Novo Testamento (*) nas quais possuímos a única regra perfeita para nossa crença sobre o Criador, e preceitos infalíveis para todo o nosso proceder nesta vida (8).

(5) Hb 1:1; (6) Ex 34-5-7; (7); II Tm.3.15,16; (8); Is.8.19,20.

(*) Os livros apócrifos não são parte da Escritura devidamente inspirada.

 

Art. 3º - Da Natureza dessa Revelação

As Escrituras Sagradas foram escritas por homens santos, inspirados por Deus, de maneira que as palavras que escreveram são as palavras de Deus (9). Seu valor é incalculável (10), e devem ser lidas por todos os homens (1).

(9) II Pe 1:19-21; (10) Rm 3:1,2. (1) Jo 5:39.

 

Art. 4º - Da Natureza de Deus

Deus o Soberano Proprietário do Universo é Espírito (2), Eterno (3), Infinito (4) e Imutável (5) em sabedoria (6), poder (7), santidade (8), justiça (9), bondade (10) e verdade (1).

(2) Jo 4:24; (3) Dt 32:40; (4) Jr 23:24; (5) Ml 3; (6) Sl 146:5; (7) Gn 17:1; (8) Sl 144:17; (9) Dt 32: 4; (10) Mt 19:17; (1) Jo 7:28.

 

Art. 5º - Da Trindade da Unidade

Embora seja um grande mistério que existam diversas pessoas em um só Ente, é verdade que na Divindade exista uma distinção de pessoas indicadas nas Escrituras Sagradas pelos nomes

de Pai, Filho e Espírito Santo (2) e pelo uso dos pronomes Eu, Tu e Ele, empregados por Elas, mutuamente entre si (3).

(2) Mt 28:19: (3) Jo 14:16,17

 

Art. 6º - Da Criação do Homem

Deus, tendo preparado este mundo para a habitação do gênero humano, criou o homem (4), constituindo-o de uma alma que é espírito (5), e de um corpo composto de matérias terrestres (6). O primeiro homem foi feito à semelhança de Deus (7), puro, inteligente e nobre, com memória, afeições e vontade livre, sujeito Àquele que o criou, mas com domínio sobre todas as outras criaturas deste mundo (8).

(4) Gn 1:2-27; (5) Ec 12:7; (6) Gn 2:7; (7) Gn 1:26,27; (8) Gn 1:28

 

Art. 7º - Da Queda do Homem

O homem assim dotado e amado pelo Criador era perfeitamente feliz(9), mas tentado por um espírito rebelde (chamado por Deus, Satanás), desobedeceu ao seu Criador(10); destruiu a harmonia em que estivera com Deus, perdeu a semelhança divina; tornou-se corrupto e miserável, deste modo vieram sobre ela a ruína e a morte (1).

(9) Gn 1:31; (10) Gn 2: 16,17; (1) Rm 5:12.

 

Art. 8º - Da Consequência da Queda

Estas não se limitam ao primeiro pecador. Seus descendentes herdaram dele a pobreza, a desgraça a inclinação para o mal e a incapacidade de cumprir bem o que Deus manda (2); por consequência todos pecam, todos merecem ser condenados, e de fato todos morrem (3).

(2) Sl 50:7; (3) I Co 15:21

 

Art. 9º - Da Imortalidade da Alma

A alma humana não acaba quando o corpo morre. Destinada por seu Criador a uma existência perpétua, continua capaz de pensar, desejar, lembrar-se do passado e gozar da mais perfeita paz e regozijo; e também de temer o futuro, sentir remorso e horror e sofrer agonias tais, que mais quereria acabar do que continuar a existir (4); o pecado da rebelião contra o seu Criador, merece para sempre esta miséria, que é chamada por Deus de segunda morte (5).

(4) Lc 16:20-31; (5) Ap 21:8

 

Art. 10º - Da Consciência e do Juízo Final

Deus constituiu a consciência juiz da alma do homem (6). Deu-lhes mandamentos pelos quais se decidissem todos os casos (7), mas reservou para si o julgamento final, que será em harmonia com seu próprio caráter (8). Avisou aos homens da pena com que com punirá toda injustiça, maldade, falsidade e desobediência ao seu governo (9); cumprirá suas ameaças, punindo todo pecado em exata proporção à culpa (10).

(6) Rm 2:14,15; (7) Mt. 22:36-40; (8) Sl 49:6; (9) Gl 3:10; (10) II Co 5:10

 

Art. 11º - Da Perversidade do Homem e do Amor de Deus

Deus vendo a perversidade, a ingratidão e o desprezo com que os homens lhe retribuem seus benefícios e o castigo que merecem (1), cheio de misericórdia compadeceu-se deles; jurou que

não desejava a morte dos ímpios (2); além disso, tomou-os e mandou declarar-lhes, em palavras humanas, sua imensa bondade para com eles; e quando os pecadores nem com tais palavras se importavam, ele lhes deu a maior prova do seu amor (3) enviando-lhes um salvador que os livrasse completamente da ruína e miséria, da corrupção e condenação e os restabelecesse para sempre no seu favor (4).

(1) Hb 4:13; (2) Ez 33:11; (3) Rm 5:8,9; (4) II Co 5: 18-20.

 

Art. 12º - Da Origem da Salvação

Esta Salvação, tão preciosa e digna do Altíssimo (porque está perfeitamente em harmonia com seu caráter) procede do infinito amor do Pai, que deu seu unigênito Filho para salvar os seus inimigos (5).

(5) I Jo 4:9

 

Art. 13º - Do Autor da Salvação

Foi adquirida, porém, pelo Filho, não com ouro, nem com prata, mas com Seu sangue (6), pois tomou para Si um corpo humano e alma humana (7) preparados pelo Espírito Santo no ventre de uma virgem (8); assim, sendo Deus e continuando a sê-Lo se fez homem (9). Nasceu da Virgem Maria, viveu entre os homens (10), como se conta nos evangelhos, cumpriu todos os preceitos divinos (1) e sofreu a morte e a maldição como como o substituto dos pecadores (2), ressuscitou (3) e subiu ao céu (4). Ali intercede pelos seus remidos (5) e para valer-lhes tem todo o poder no céu e na terra (6). É nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (7), que oferece, de graça, a todo o pecador o pleno proveito de sua obediência e sofrimentos, e o assegura a todos os que, crendo nEle, aceitam-no por Seu Salvador (8).

(6) I Pe1:18,19; (7) Hb 2:14; (8) Mt 1:20; (9) Jo 1:1,14; (10) At 10:38; (1) I Pe 2:22; (2) Gl 3:13; (3) Mt 28:5,6; (4) Mc 16:19; (5) Hb 7:25; (6) Mt 28:18; (7) At 5:31; (8) Jo 1:14.

 

Art. 14º - Da Obra do Espírito Santo no Pecador

O Espírito Santo enviado pelo Pai (9) e pelo Filho (10), usando das palavras de Deus (1), convence o pecador dos seus pecados e da ruína (2) e mostra-lhe e excelência do Salvador (3), move-o a arrepender-se, a aceitar e a confiar em Jesus Cristo. Assim produz uma grande mudança espiritual chamada nascer de Deus (4). O pecador nascido de Deus está desde já perdoado, justificado e salvo; tem a vida eterna e goza das bênçãos da Salvação (5).

(9) Jo 14:16,26; (10) Jo 16:7; (1) Ef 6:17; (2) Jo 16:8; (3) Jo 16:14; (4) Jo1:12,13; (5) Gl 3:26

 

Art. 15º - Do Impenitente

Os pecadores que não crerem no Salvador e não aceitarem a Salvação que lhes está oferecida de graça, hão de levar a punição de suas ofensas (6), pelo modo e no lugar destinados para os inimigos de Deus (7).

(6) Jo 3:36; (7) II Ts 1: 8,9

 

Art. 16º - Da Única Esperança de Salvação

Para os que morrem sem aproveitar-se desta salvação, não existe por vir além da morte um raio de esperança (8). Deus não deparou remédio para os que, até o fim da vida neste mundo, perseveraram nos seus pecados. Perdem-se. Jamais terão alívio (9).

(8) Jo 8:24; (9) Mc 9:42,43

 

Art. 17º - Da Obra do Espírito Santo no Crente

O Espírito santo continua a habitar e a operar naquele que faz nascer de Deus(10); esclarece-lhe a mente mais e mais com as verdades divinas (1), eleva e purifica-lhe as afeições adiantando nele a semelhança de Jesus (2), estes fruto do espírito são prova de que passaram da morte para a vida, e que são de Cristo (3).

(10) Jo 14:16,17; (1) Jo 16:13; (2) II Co 3:18; (3) Gl 5:22,23

 

Art. 18º - Da União do Crente com Cristo e do Poder para o Seu Serviço

Aqueles que tem o Espírito de Cristo estão unidos com Cristo (4), e como membro do seu corpo recebem a capacidade de servi-Lo (5). Usando desta capacidade, procuram viver, e realmente vivem, para a glória de Deus, seu Salvador (6).

(4) Ef 5:29,30 ( 5) Jo 15:4,7 (6) I Co 6:20

 

Art. 19º - Da União do Corpo de Cristo

A Igreja de Cristo no céu e na terra é uma (7) só e compõe-se de todos os sinceros crentes no Redentor (8), os quais foram escolhidos por Deus, antes de haver mundo (9), para serem chamados e convertidos nesta vida e glorificados durante a eternidade (10).

(7) Ef 3:15; (8) I Co 12:13; (9) Ef 1:11; (10) Rm 8: 29,30.

 

Art. 20º - Dos Deveres do Crente

É obrigação dos membros de uma Igreja local, reunirem-se (1) para fazer oração e dar louvores a Deus, estudarem sua Palavra, celebrarem os ritos ordenados por Ele, valerem um dos outros e promoverem o bem de todos os irmãos; receberem (2) entre si como membros aqueles que o pedem e que parecem verdadeiramente filhos de Deus pela fé; excluírem (3) aqueles que depois mostram a sua desobediência aos preceitos do Salvador que não são de Cristo; e procurarem o auxílio e proteção do Espírito Santo em todos os seus passos (4).

(1) Hb 10:25; (2) Rm 14:1; (3) I Co 5:3-5; (4) Rm 8:5,16.

 

Art. 21º - Da Obediência dos Crentes

Ainda que os salvos não obtenham a salvação pela obediência à lei senão pelos merecimentos de Jesus Cristo (5), recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos (6) e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se si acharem salvos de graça (7).

(5) Ef 2:8,9; (6) I Jo 5:2,3; (7) Tt 3:4-8.

 

Art. 22º - Do Sacerdócio dos Crentes e dos Dons do Espírito

Todos os crentes sinceros são sacerdotes para oferecerem sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo (8), que é o Mestre (9), Pontífice (10) e Único Cabeça de sua Igreja (1); mas como Governador de sua casa (2) estabeleceu nela diversos cargos (3) como de Pastor (4), Presbítero (5), Diácono (6), e Evangelista; para eles escolhe e habilita, com talentos próprios, aos que ele quer para cumprirem os deveres desses ofícios (7), e quando existem devem ser reconhecidos pela igreja e preparados e dados por Deus (8).

(8) I Pe 2:5-9; (9) Mt 23:8-10; (10) Hb 3:1; (1) Ef. 1:22; (2) Hb 3:6; (3) I Co 12:28; (4) Ef 4:2; (5) I Tm 3:1-7; (6) I Tm 3: 8-13; (7) I Pe 5:1; (8) Fl 2:29.

 

Art. 23º - Da Relação de Deus para com Seu Povo

O Altíssimo Deus atende as orações (9) que, com fé, e, em nome de Jesus, único Mediador (10) entre Deus e os homens, lhe são apresentadas pelos crentes, aceita os louvores (1) e reconhece como feito a Ele, todo o bem feito aos Seus (2).

(9) Mt 18:19; (10) I Tm 2:5; (1) Cl 3:16,17; (2) Mt 25:40,45; (3) Hb 10:1; (4) At 10:47,48; (5) Mt 26:26-28.

 

Art. 24º - Da Cerimônia e dos Ritos Cristãos

Os ritos judaicos, divinamente instruídos pelo Ministério de Moisés eram sombras dos bens vindouros e cessaram quando os mesmos bens vieram (3): os ritos cristãos são somente dois: o batismo com água (4) e a Ceia do Senhor (5).

 

Art. 25º - Do Batismo com Água

O batismo com água foi ordenado por Nosso Senhor Jesus Cristo como figura do batismo verdadeiro e eficaz, feito pelo Salvador, quando envia o Espírito Santo para regenerar o pecador (6). Pela recepção do batismo com água, a pessoa declara que aceita os termos do pacto em que Deus assegura as bênçãos da salvação (7).

(6) Mt. 3:11; (7) At 2:41

 

Art. 26º - Da Ceia do Senhor

Na Ceia do Senhor foi instituída pelo Senhor Jesus Cristo, o pão e o vinho representam vivamente ao coração do crente o corpo que foi morto e o sangue derramado no Calvário (8); participar do pão e do vinho representa o fato de que a alma recebeu seu Salvador. O crente faz isso em memória do Senhor, mas é da sua obrigação examinar-se primeiro fielmente quanto a sua fé, seu amor e o seu procedimento (9).

(8) I Co 10:16; (9) I Co 11:28,29.

 

Art. 27º - Da Segunda Vinda do Senhor

Nosso Senhor Jesus Cristo virá do céu como homem (10), em Sua própria glória (1) e na glória de Seu Pai (2), com todos os santos e anjos; assentar-se-á no trono de Sua glória e julgará todas as nações.

(10) At 1:11; (1) Mt 25:31; (2) Mt 16:27

 

Art. 28º - Da Ressurreição para a Vida ou para a Condenação

Vem a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e ressuscitarão (3); os mortos em Cristo ressurgirão primeiro (4); os crentes que neste tempo estiverem vivos serão mudados (5), e sendo arrebatados estarão para sempre com o Senhor (6), os outros também ressuscitarão, mas para a condenação (7).

(3) Jo 5:25-29; (4) I Co 15:22,23;(5) I Co 15:51,52; (6) I Ts 4:16; (7) Jo 5:29.

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